
Caixa de lembranças – Parte II
Continuando o post “Caixa de lembranças – Parte I” abri minha caixinha e me deparei com momentos felizes e muito divertido que compartilho agora com vocês.
Logo ao abrir, me peguei dando gargalhadas com as cartas de um antigo amigo dos tempos de ginásio e segundo grau, vendo quão divertida era nossa vida colegial.
Vi a gentileza estampada em cada cor de canetinha, purpurina e adesivo carinhosamente usados nas cartinhas que minha prima fez para mim. E me vi sorrindo com o primeiro desenho colorido no jardim da infância pelo meu afilhado e recordei como eram boas minhas manhãs com ele – na época com dois anos – quando o arrumava para o colégio.
Apreciei emocionada a caligrafia perfeita e desenhada da minha madrinha em cada bilhete que me deu e pude sentir suas bênçãos enviadas por meio de cada palavra de amor escrita para mim.
Olhei orgulhosa cada palavra de amizade, carinho, coragem e afeto escritas em cada cartão de natal ou de aniversário que recebi dos meus amigos.
Senti um carinho muito grande ao reler cada poema e declaração a mim dedicados por alguns rapazes, que mesmo sem tê-los correspondido foram capazes de transformar aquele sentimento em uma amizade sincera.
A cada foto, desenho e e-mail via todo o carinho que recebi dos meus amigos, familiares e colegas e tudo isso tem o poder de revigorar minhas energias. Sinto-me privilegiada e abençoada por saber que sou querida por tantas pessoas que respeito e admiro.
Só que o jardim da vida não é feito somente de flores, existem também algumas rosas (e com elas seus espinhos). Onde, hoje me espetam ao reler algumas cartas e cartões, pois, perante tantas palavras de amizades, carinhos, histórias juvenis, pedidos de perdões e juras de amizades eternas reconhecer que (não sei bem quando, como e, muitas vezes, nem se quer o motivo) essas mesmas pessoas que escreveram tudo isso simplesmente se afastaram de mim, traíram minha confiança, me julgaram, viram hoje o rosto ao me ver, ignoram tudo aquilo que foi vivido e documentado por elas mesmas. Constatar isso, olhar para essa história e ver que hoje parece não ter mais nenhuma verdade dói demais. Mas, isso é assunto para outro post ou quem sabe um livro.
O importante é que tudo que vivemos compõe quem nos tornamos, faz parte do que somos. E mesmo estas cartas, bilhetes e cartões com espinhos guardo na minha caixa porque eu quero acreditar que assim como aqueles momentos, aquelas palavras, aquelas meninas foram importantes para mim, talvez, eu também, de algum modo, seja ainda para elas. Afinal de contas, não se apaga o passado.
E além disso tudo, hoje também tenho uma caixinha de lembranças do meu amor. E guardo cada cartão, carta, foto, pois, tudo isso significa a história que estamos construindo.
Se você ainda não tem sua caixinha não espere mais, resgate e-mails, depoimentos do orkut, mensagens do facebook, essas pequenas lembranças que tem em meio digital imprima e guarde.
Outra sugestão é fazer diferente nesse ano e dar cartões de natal escritos à mão e enviá-los pelos Correios. Eu já separei os meus e estou enviando.
Comece a montar sua caixa de lembranças também. Nunca é tarde. E, daqui a um tempo, você vai poder desfrutar do encanto de abrir e rever sua história.
Boa sorte.
Boas lembranças.
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6 Comentários
luizshigunov
Texto muito bonito! Gostei muito. Parabéns!
Carol Souza
Obrigada Luiz 🙂
Janyr Gomes da Silva
O importante da vida é tudo aquilo que vivemos não importando quando, onde e como. Então,viva da melhor forma possível, faça suas escolhas,acredite nos seus sonhos e na sua capacidade e acima de tudo busque ser feliz porque cada segundo passado não volta e cada um vivido fica registrado na memória e numa caixinha de lembranças. Pois,como diz a música “recordar é viver”!
Carol Souza
É sim Janyr 🙂
Renata Braga Pessoa
Acho que vou começar a fazer uma caixinha pra mim tbm 🙂
Carol Souza
Oba!!! Começa sim amiga, você tem muitaaaaaa coisa pra recordar 🙂 e janeiro está aí para te encher de cartãozinhos 🙂